Saúde

VACINA – nada justifica a gente abrir mão do reforço, ou segunda dose de uma vacina

Somos milhões de brasileiros aguardando a “a hora H” de tomar a vacina que parece ter sido marcada para o Dia de São Nunca. Mas, cogitar recebermos uma única dose do imunizante, em vez de duas, é colocar toda essa espera angustiante a perder. Nadar e nadar contra a maré forte do negacionismo é correr o risco de morrer na praia.

Ou melhor, sem o famoso reforço, são determinados glóbulos brancos de defesa que morrem, levando consigo um segredo que lhes foi soprado pela primeira picada do imunizante: a identidade precisa do inimigo que, se porventura nos infectar, deverá ser dizimado pelo sistema imunológico antes de nos causar qualquer dano.

Entenda: o que faz o sistema imunológico gravar direito esse arquivo confidencial na memória é a segunda dose. É assim com vacinas contra a COVID-19 feitas com novíssimas tecnologias. E é assim também com vacinas criadas à maneira, digamos clássica, usando o vírus inativado, como a CoronaVac. Na verdade, é assim com 99,9% dos imunizantes que conhecemos até agora. E não tem lógica alguma pensar que com a vacina da Oxford seria diferente, se você ouviu falar que seria.

Vacinados podem adoecer mesmo após a segunda dose. Entenda o porquê:

A vacina aplica um antígeno que vai induzir o sistema imune à produção de anticorpos, que podem ser aleatórios ou que vão neutralizar o vírus em questão.

Para ter produção de anticorpos neutralizantes em quantidade suficiente para se proteger demora um tempo. A segunda dose estimula de novo o sistema imune de forma mais eficaz e duas semanas é o tempo médio para que possa atingir uma quantidade melhor de proteção.

A infectologista Rosana Richmann, do instituo Emílio Ribas afirma que uma pessoa é considerada protegida apenas duas ou três semanas após receber o número de doses recomendadas (caso da CoronaVac, Oxford/Astrazeneca e Pfizer), atualmente utilizadas no Brasil. Esse período é necessário para que a resposta imune seja gerada.

Mas, mesmo aqueles que já estão adequadamente vacinados ainda podem ser infectados. Isso acontece porque nenhuma vacina tem 100% de eficácia.

Por esse motivo continue usando máscara, cobrindo o rosto sempre que sair de casa, lave as mãos ou use álcool gel, mantenha o distanciamento social até que a doença esteja controlada.

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